Em praticamente todo o mundo, tornou-se praxe fazer uma classificação dos hoteis e meios de hospedagem em geral por um ranking de estrelas: hoteis de uma ou nenhuma estrelas seriam os mais simples, e hoteis de cinco (ou mais estrelas) seriam os mais luxuosos. Embora não haja um órgão mundial que defina quais os critérios para atribuição de estrelas, um turista pode ter tranquilidade em saber que, ao chegar a cidades turísticas como Londres, Nova York, Tóquio ou Sidnei, se se hospedar num hotel cinco estrelas, certamente encontrará instalaçãos confortáveis acompanhadas por serviços de alto padrão. Isso porque todos os países com grande fluxo de turistas tem a preocupação de criar um sistema simples e transparente para que os turistas reconheçam facilmente o padrão dos hoteis.
No Brasil, o sistema de classificação por estrelas foi adotado por alguns anos e posteriormente abandonado.
O que vigorava até pouco tempo era um sistema informal de padronização por estrelas. Era esse sistema que atribuía cinco estrelas ao Copacabana Palace e ao Fasano, que são incontestavelmente hoteis de altíssimo padrão; entretanto, no caso de outros hoteis, como foi o caso em Belo Horizonte, a informalidade gerou controvérsias.
E isso porque esse sistema informal tinha um grave defeito: eram os próprios hoteis quem determinavam seu padrão, e essa determinação era feita sem nenhum critério; por exemplo, uma pousada poderia entender que, por construir uma piscina, automaticamente merecia passar de três para quatro estrelas, e passava a se divulgar como tal para seus potenciais hóspedes.
Se até mesmo turistas brasileiros tinham dificuldades para assimilar esse sistema, imagine-se quão mais confuso não ficaria um estrangeiro que viesse ao Brasil para a Copa de 2014.
Em 21 de junho de 2011, o Ministério do Turismo publicou a Portaria 100, que instituiu o Sistema Brasileiro para Classificação de Meios de Hospedagem, estipulou critérios para a classificação, e criou um Conselho Técnico de Classificação; a esse Conselho caberá estipular detalhes da implementação do Sistema, como por exemplo fiscalizar quais hoteis estão sendo desonestos ao solicitar determinar padrão de estrelas.
Segundo o Ministério do Turismo, “a classificação hoteleira vai favorecer a competitividade entre os hotéis e facilitar a escolha do usuário.”
Raoni Sammut Negrão
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